Eu, Tonya (2018) | Crítica



Um retrato fiel de uma vida fora do comum.


Fiel talvez não seja a palavra adequada para definir o filme, já que ele se baseia numa série de entrevistas que datam a época do incidente, mas um relato verdadeiro da vida de Tonya Harding, uma patinadora do gelo red neck que fugia dos padrões estabelecidos dessa comunidade elitista, com seu exímio talento e força de vontade, teve uma vida repleta de abusos e maus tratos que a levaram a cometer diversos erros e a aceitar diversas situações absurdas em sua vida nada comum.


Eu, Tonya acerta em seu tom, em sua montagem, em sua escolha de casting, sua trilha sonora, sua ambientação, em sua fotografia e em sua narrativa, não deixando espaço praticamente para erros durante sua execução, ritmo rápido e com tons de humor negro e quebra da quarta parede em momentos pontuais da história, torna essa cinebiografia interessantíssima de acompanhar do começo ao fim. As ascensão de uma estrela bruta pela pura força de vontade e talento indo contra tudo e contra todos em busca da sua realização, mas enquanto sua vida profissional ascendia, mesmo não se encaixando nos padrões, sua vida pessoal sempre estava aos tropeços, partindo da sua mãe que sempre a abusou, seja verbalmente, psicologicamente ou até mesmo fisicamente, a um marido obsessivo, agressor e estúpido, já que ele é o grande responsável por toda a polêmica por trás do “incidente”, onde acompanhamos a repercussão mundial e como a mídia se aproveitou disso para sugar toda e qualquer publicidade em cima do desastre que aconteceu.


A atuação de Margot Robbie nas diversas etapas da vida de Tonya são extremamente bem executadas, juntamente com a de sua mãe interpretada por Alisson Janey, duas indicações merecidíssimas ao Oscar neste ano, é bom ver uma atriz realmente talentosa como Margot ser reconhecida na cena não apenas pela sua beleza, mas também pelo seu talento e força de vontade, já que a mesma é também produtora desse projeto que serve como ao um tipo de redenção da personagem da Tonya em sua própria vida, que não foi nada fácil.


Eu, Tonya consegue de forma muito habilidosa mostrar todas as nuances da vida de alguém que possui um dom, mas as vezes por motivos externos é incapaz de viver em sua plenitude as possibilidades que sua habilidade pode proporcionar. Estamos acostumados a ver artistas performarem e não nos questionarmos como são suas vidas fora dali e o quão isso é importante para sua performance. Aqui, temos essa noção do quão imperfeitos podem ser as pessoas talentosas, e que saber? Está tudo bem ser imperfeito.

"Cada um tem a sua verdade",
HARDING, Tonya.

24 comentários:

  1. Uau! Não tenho nem comentários, só posso dizer que PRECISO assistir esse filme.
    Me parece que pode ser um pouco forte, mas é real... A realidade de atletas/artistas por trás dos holofotes nem sempre é um sonho. E isso é cruel, mas necessário mostrar isso.

    Beijos

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  2. Não conhecia esse filme, mas parece ser muito interessante. Principalmente o figurino e a trilha sonora.. já quero olhar.

    www.vivendosentimentos.com.br

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  3. Gostei muito quando vi que iria sair esse filme e pela atriz ali e um papel tão forte assim. É legal ver que uma atriz como ela tem a chance de brilhar e mostrar todo potencial, não só uma carinha bonita num filme bobo. E nem sabia dessa história. Nossa, tem tanta coisa errada e horrível na vida dessa mulher. A gente vê um artista talentoso e às vezes esquece mesmo que tem uma pessoa real ali, com sentimentos e dificuldades como a gente. Achei muito bom esse filme por ilustrar isso e parece ter feito bem.

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  4. Olá!!
    Ainda não conhecia esse filme, mas gostei da resenha e gostaria de ver, gosto muito de filmes que relatam a realidade por mais dura que ela seja!!

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  5. Oi Jonny.
    Não tinha ouvido falar sobre esse filme.
    Gosto muito de ver filmes baseados em fatos reais, principalmente de atletas. É uma forma das pessoas saber algumas das dificuldades que eles passam e conhecer a rotina deles.
    Vou tentar ver esse filme em breve.
    Beijos

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  6. Oi, Jonny!
    Não costumo ver filmes, e ultimamente, quando assisto ou é de comédia ou de animação, e sinceramente, cinebiografia não é um estilo que eu assista ou curta... deve ser por isso que a trama de Eu, Tonya não despertou o meu interesse, não fiquei curiosa para conhecer mais da vida da Tonya Harding... Abraços!

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  7. Ainda não conhecia o filme,mas depois de conferir tua resenha fui dar uma olhadinha no trailer e me arrepiei. Fiquei super curiosa para olhar, pois gosto de historias que são reais. Excelente indicação!

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  8. Olá! Embora seja muito diferente dos filmes que estou acostumada a assistir, gostei que o enredo abordasse uma história que aconteceu de verdade, as atrizes Margot Robbie e Alisson Janey têm performances incríveis, e gosto de saber que a trilha sonora do filme é tão boa quanto o mesmo.

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  9. Jonny!
    Embora não conheça a patinadora, gosto demais de filmes que contam a biografia de vida dela, seus dramas, sofrimentos, vitórias.
    Deve ser um filme bem interessante.
    Um carnaval de alegria e moderação e desejo uma nova semana!
    “Ninguém é assim tão velho que não acredite que poderá viver por mais um ano.” (Cícero)
    cheirinhos
    Rudy
    TOP COMENTARISTA FEVEREIRO: 3 livros + vários kits, 5 ganhadores, participem!
    BLOG ALEGRIA DE VIVER E AMAR O QUE É BOM!

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  10. Johny, então vou ser bem sincera aqui que eu não tava dando nada por esse filme, mas agora eu estou totalmente motivada a assistir esse filme é prestigiar essa história. Olha se não fosse por você ele ia passar direto. Obrigada pela indicação.

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  11. Oii Jonny!
    Acredita que não conhecia nada da história de Tonya? Apesar disso me interessei pelo filme pelos seus elogios as performances do atores, pela história sofrida e intensa da patinadora, não deve ter sido fácil essas atuações. Mais um filme mostrando uma realidade que está fora do alcance dos nossos olhos.
    Beijos

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    1. nem eu conhecia, fui ao cinema de cabeça livre sem pré julgamentos e fui acompanhando essa história maravilhosa.

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  12. Eu não conhecia esse filme, mas já fiquei super interessada nele! A história parece ser incrível! E eu adoro a Margot Robbie.
    Eu fui até ver se já estava no cinema, mas ainda não chegou na minha cidade :(

    Beijos!

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  13. Não conheço essa Tonya mas fiquei curioso com esse incidente, não vou pesquisar pois quero ver o filme. Não sou muito fã de biografias mas acho que essa vale a pena, a história parece interessante nos leva a refletir o que há por traz da beleza que vemos em competições.

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  14. Margot é uma atriz incrível, finalmente ela faz uma papel no qual pode mostrar todas as suas habilidades cênicas! Allison Janney forte candidata ao Oscar, atuação impecável. E pensar que essa historia é real...
    Bjs

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  15. Olá Jonny ;)
    Adoro a atuação da Margot, e apesar de ainda não conhecer a história da Tonya, sei que pelas críticas que já vi (e pela sua) será um filme bem interessante.
    Já vi dizerem que a Margot interpretou mesmo a patinadora, fazendo até as expressões faciais estranhas que ela fazia, e é lindo ver o quanto ela se envolveu no projeto.
    Vou ver se vejo o filme antes do Oscar!
    Abç

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  16. Não conhecia a história da Tonya, nem tinha ouvido falar do filme. Gosto muito da Morgot e gostei da resenha, geralmente eu gosto dos filmes que retratam uma história real, ainda mais quando retratam a história de forma fiel, espero que esse tenha feito isso né. Não sei se o filme teve alguma indicação ao Oscar, não lembro de ter visto, mas se for mesmo bom como você descreveu espero que tenha.

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  17. Não conheço a história da Tonya, mas desde que vi o trailer do filme fiquei interessada. O filme parece ser ótimo, a ambientação, atuações, figurino, enfim, tudo que você elogiou ali eu já estava com expectativas de que iria ser. Ainda não assisti o filme, mas quero assistir em breve. Espero gostar bastante. Não é tão fácil as vezes ver certas coisas sendo passadas na tela sabendo que realmente aconteceram e que ainda acontecem. Imagino que a Margot deva estar bem feliz com o resultado do trabalho e com as indicações ao Oscar.

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  18. Até o momento do lançamento do filme, não fazia ideia de que era/é Tonya Harding e semanas atrás estava lendo uma reportagem da Margot e ela tbm não conhecia Tonya, aí meio que fiquei aliviada hahahahaha
    Olhei muitos vídeos do Youtube e, cá entre nós, quer merda de vida foi a dela. E quando estava tudo indo bem, a patinadora a realizar o Triple Axel, a pessoa acaba com a própria carreia.

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  19. Oiee!
    Desconhecia desse filme e de quem era Tonia, até que fui dar uma pesquisada. Me interessei muito para ver essa obra, e ver se foi tão fiel assim como todos estão falando. Espero gostar.
    Bjs!

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  20. Eu não sabia sinceramente Quem era Tânia Mas é bem interessante conhecer a história dessa mulher a história de vida dela é realmente bem interessante e vou dar uma checada no filme depois mas ele não me chamou muito atenção

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  21. Não conhecia o filme, mas achei uma história muito interessante, embora bem triste e complicada.
    Fiquei com vontade de assistir, apesar de que ando evitando assistir/ler histórias problemáticas assim, tô precisando de um bom romanção kkk mas gostei muito da sua resenha, e como você disse, é importante saber o que o artista passa em sua vida pessoa.
    Vou querer assistir em breve.
    bjsss

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  22. Oi, Jonny!!
    Gostei da indicação do filme, não o conhecia mas adoro um bom filme é esse parece ser muito interessante!!
    Bjoss

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  23. O próprio formato do longa tenta dar um ar de esperteza ao projeto. Quando leio que um filme será baseado em fatos reais, automaticamente chama a minha atenção, adoro ver como os adaptam para a tela grande. Tambem recomendo assistir Dunkirk, adorei este filme, é um dos melhores filmes baseadas em fatos reais 2017.A história é impactante, sempre falei que a realidade supera a ficção. É interessante ver um filme que está baseado em fatos reais, acho que são as melhores historias, porque não necessita da ficção para fazer uma boa produção.

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Priscila, linguista de formação, doutoranda em Narratologia. Começou a ler um livro do Sidney Sheldon aos oito anos e nunca mais parou. Hoje, fez das Letras sua profissão.

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