O Conto da Aia: Graphic Novel - Margareth Atwood


Editora: Rocco
Páginas: 240
Classificação:
Onde Comprar: https://amzn.to/2NdrrpS

Sinopse: Tudo o que as Aias usam é vermelho: como a cor do sangue, que nos define. Offred é uma aia da República de Gilead, um lugar onde as mulheres são proibidas de ler, trabalhar e manter amizades. Ela serve na casa do Comandante e de sua esposa, e sob a nova ordem social ela tem apenas um propósito: uma vez por mês, deve deitar-se de costas e rezar para que o Comandante a engravide, porque em uma época de declínio da natalidade, Offred e as outras Aias têm valor apenas se forem férteis. Mas Offred se recorda dos anos anteriores a Gilead, quando era uma mulher independente, com um emprego, uma família e um nome próprio. Hoje, suas lembranças e sua vontade de sobreviver são atos de rebeldia. Provocante, surpreendente, profético. O conto da Aia é um fenômeno mundial, já adaptado para cinema, ópera, balé e uma premiada série de TV. Nessa nova versão em graphic novel, com arte arrebatadora de Renée Nault, a aterrorizante realidade de Gilead é trazida à vida como nunca antes.


Quem já acompanha o blog sabe que eu já resenhei o livro e a primeira temporada da série de O Conto da Aia e que sou completamente fascinada pela narrativa de Margareth Atwood e quando saiu a Graphic Novel eu corri para ler, pois não poderia perder mais esse lançamento.

A história da Graphic Novel é a mesma do livro, então temos uma mulher que está vivendo em um regime fundamentalista religioso que a transformou em um receptáculo de bebês, esvaziando sua dignidade, moralidade e identidade. E assim conhecemos a aia que nos contará uma realidade muito próxima da nossa e com a qual não queremos nunca conviver.

É incrível como toda vez que eu leio essa história eu consigo perceber uma nova camada que não tinha percebido antes. Ao resenhar o livro, contei para vocês a sensação de desesperança que ele me passou e que é muito diferente da série, que já passa uma visão um pouco mais combativa. Ao ler a graphic novel que tem uma linguagem diferente da série e do livro, mas traz elementos de ambos por ser uma narrativa visual, traz um impacto diferente e eu senti ainda a desesperança do livro, mas também senti certa impotência latente misturada com uma vontade de sobrevivência.

Antes de começar a detalhar um pouco mais, preciso dizer para quem tem gatilho com violência sexual pare por aqui a resenha, pois vou falar sobre isso.

As cenas mais chocantes dessa narrativa com certeza são as cenas da Cerimônia, que é o ritual no qual as Aias são estupradas pelos Comandantes enquanto são seguradas pelas esposas. A Graphic Novel é até mais explícita que a série, mas um pouco menos violenta. O Comandante Waterford, que na GN é mais velho se mostra um personagem bastante controverso, é um homem que diz que ao melhorar algo, não significa que todos serão beneficiados e que os homens estavam entediados, se mostra um paradoxo, pois é um dos maiores apreciadores da cultura de "antes" e com isso nos mostra mais uma camada de uma sociedade que no fundo não conseguiu se desprender do passado.

A diagramação desse livro está linda, o trabalho gráfico está riquíssimo. Recomendo a Graphic Novel para quem quer visualizar essa história chocante.

13 comentários:

  1. Queria ver essa história assim, deve ser bem interessante por mostrar mais perto do livro. Conheci a série antes de tudo, depois o livro. Então as coisas ficaram mais na cabeça pela série. Poder ver essas cenas no desenho deve ser uma experiencia nova bem interessante. Imagino como é aquela parte do ritual. Nunca vai ser fácil de ver ou ler, mas gráfico assim...ai =/
    Queria conhecer.

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  2. Ah como eu tenho vontade não só de ler o livro,mas também essa Graphic! Dizem e li acima também que ela é maravilhosa e sim, dolorida demais!
    Eu acompanho a série na tv e não sinto vergonha nenhuma em afirmar que é uma das melhores séries do mundo, pela dor e incômodo que ela nos traz.
    Por isso, tenho certeza que as letras da autora são também dolorosas e impecáveis!!!!
    Espero sim, ler o livro e claro, a Graphic também!!!!
    Beijo

    Angela Cunha Gabriel/Rubro Rosa/O Vazio na Flor

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  3. Priscila!
    Não tive oportunidade de ler o livro, mas pude assistir alguns capítulos da série, mas não dei continuidade, achei muito violento e tão chocante que não consegui continuar.
    Bom ver que na HQ tem todas as ilustrações e mesmo que sejam chocantes também, deve ser uma leitura tensa.
    Vejo que muitas pessoas gostam do plot, quem sabe um dia consiga ler...
    cheirinhos
    Rudy

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  4. Olá! ♡ Ainda não li nem o livro, nem assisti a série, mas quero muito. Tanto a série quanto o livro parecem bem pesados e chocantes, mas tratam temas muito importantes, que precisam ser trabalhados. A Margareth Atwood parece ser uma escritora incrível, que faz críticas extremamente relevantes.
    A editora fez um ótimo trabalho com o livro. Espero um dia poder conferir essa Graphic Novel também.
    Beijos!

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  5. Ah, e eu ainda não li esse livro...
    Estou evitando, criando coragem, preparando o coração e o estômago.
    É forte, pesado e desconfortável, mas vou tentar ler. Mas a Hq pede uma preparação ainda maior por conta das ilustrações. Ler e ver a realidade das aias deve ser devastador.
    Gostei de saber que a obra, em seus diferentes formatos, te proporcionou várias sensações.

    Beijos

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  6. Olá! Ainda não tive oportunidade de ler essa história, e essa nova versão me deixou mais tentada, acho que as imagens vão fazer a história ser ainda mais intensa do que ela já é, e mais interessante, principalmente para aqueles que, como eu, ainda não acompanham a série.

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  7. Olá!
    Eu tenho uma imensa vontade de ler o livro dela, sempre estou a procura de uma ótima promoção para compra-lo. A trama é muito chocante e mesmo assim vai valer a pena a leitura. Espero conseguir ler!

    Meu blog:
    Tempos Literários

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  8. Não conheço o livro e nem cheguei a assistir a série, mas já vi o trailer e achei bem impactante, deve ser muito pesado tanto ler como assistir determinadas cenas, principalmente a parte do ritual.
    Achei interessante a proposta da graphic novel, mas acho que se eu for ler seria o livro mesmo, já que não curto muito histórias em quadrinhos.

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  9. Oiii ❤ É tão triste saber que nessa sociedade as Aias são tidas apenas como receptáculos de bebês, que sejam obrigadas a largar suas vidas para engravidarem contra sua própria vontade. Essa cena do estupro deve ser horrível, dá nojo saber como o ser humano pode ser tão cruel com outro. Só de imaginar as cenas da tal Cerimônia já me sinto mal.
    Achei interessante que a Graphic Novel tem uma linguagem diferentes do livro e da série, que teve um impacto diferente.
    A crítica passada em todas as obras parece incrível, ainda não conferi nenhuma delas, mas pretendo.
    Beijos ❤

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  10. Só ouço coisas boas em relação a essa história e a autora, tanto que ele já está na minha lista de desejados da BF, e já que também amo HQs fica mais fácil e, ainda mais gostosa, fazer a leitura, mesmo com um tema tão indigesto. Já dei uma espiadinha e pude conferir que os desenhos estão bem impactantes.

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  11. Oi, Priscila
    Ainda não li o livro é nem assisti a série. Mas assim que conseguir vou comprar o livro é essa HQ que está lindíssima.
    Um absurdo as esposas apoiar o estrupo de outra mulher, é inaceitável.
    Quero muito ler, beijos.

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  12. Oi, Priscila!!
    Achei bem interessante lançarem um Graphic Novel do O conto da Aia. Só que infelizmente ainda não tive oportunidade de fazer a leitura do livro e também não acompanho a série. Mas sem dúvida quero dar oportunidade para essa história.
    Bjs

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  13. Oi, Priscila
    Quero muito essa graphic novel, assim como o livro normal, acho essa história maravilhosa, embora muito triste e tão parecida com a nossa realidade, chega a dar medo.
    Assim que der, comprarei com certeza.
    É uma história que necessita ser lida.
    bjs

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Priscila, linguista de formação, doutoranda em Narratologia. Começou a ler um livro do Sidney Sheldon aos oito anos e nunca mais parou. Hoje, fez das Letras sua profissão.

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