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A Forma da Água (2018) | Crítica


Existem barreiras para o amor?

Guilherme Del Toro é aquele gênio incompreendido que não se encaixa nos padrões, aquele amigo nerd que é apaixonado por criaturas e universos fantásticos e é zoado na escola por causa disso, mas um dia ele cresce e se torna alguém bem-sucedido na sua carreira pela genialidade que ele sempre possuiu e era motivo de chacota por isso, mas ainda não possuía o respeito do eruditos.

Mas ele cresceu e aprendeu a andar com os populares, com os gigantes da indústria, aprendeu seus gostos, preferências e como agradá-los, alinhando sua estética ao que se almeja em grandes obras.

E assim nasceu A Forma da Água.
 
Uma faxineira de laboratório muda (e não surda) acaba encontrando seu grande amor em uma criatura aquática desconhecida que se encontra em perigo.

Sally Hawkings é a grande estrela deste longa, uma princesa incomum que encontra seu grande amor, com desejos carnais, curiosidades comuns a todas as pessoas, e ela se mostra capaz de realizá-las. O filme não é hipócrita, mas muito corajoso em mostrar a rotina de uma mulher solteira de meia idade que emplaca em um relacionamento lascivo com um desconhecido. A fotografia do filme, que brinca com tons azuis-esverdeados em toda sua composição para ilustrar ambientes lodosos semelhantes as águas dos rios, brinca com tons em vermelhos para denotar a sexualidade aflorando na protagonista, algo lindo de se observar, assim como a trilha sonora que diz aquilo que nossa protagonista é incapaz de falar devido às suas limitações.

O vilão do filme apesar de muito maniqueísta, é convincente e assustador, palmas para a atuação de Michael Shannon que deveria ter sua indicação na categoria de coadjuvante, mas não teve, sendo roubada pela injustificável indicação de Richard Jenkins.


 
O filme se utiliza de diversos iscas cinematográficas para compor seus cenários e trama, que particularmente não me cativaram, a uma clara tentativa de impor um discurso político a respeito da diversidade, onde o roteiro trabalha em função dos acontecimentos e não o contrário, tornando a trama um pouco rasa e muito conveniente para que as coisas possam acontecer, há planos mirabolantes com execuções pífias para que tudo dê certo no final. Apesar de todo seus aspectos estéticos impecáveis, a entrega da Sally Hawkings em sua personagem e uma linda direção, o roteiro deixa a desejar com uma história muito comum, mesmo com todas as estranhezas que ele propõe a enfrentar, como uma personagem muda e um ser aquático desconhecido. Além de tramas irrelevantes e aspectos de certos personagens que não levam a lugar nenhum no contexto da trama principal, que não posso aprofundar aqui por motivos de spoilers, mas apesar disso é um filme lindo, acima de qualquer coisa , é um lindo filme, não posso negar.


 
É fácil perceber que Guilherme Del Toro adaptou todas as suas ambições para ter o respeito e o reconhecimento da academia, pasteurizando sua genialidade, originalidade e irreverência, vide suas 13 indicações, que são merecidas sim, mas sabemos que ele é capaz de entregar histórias bem mais envolventes e originais como O Labirinto do Fauno, que não tem medo de ousar. Não será surpresa que ele leve muitas estatuetas para casa e ele realmente merece por toda sua obra. Anseio pelas próximas produções que acredito que serão mais “Del Toro” do que essa, agora com o respeito de quem move o cinema mundial.

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Priscila, linguista de formação, doutoranda em Narratologia. Começou a ler um livro do Sidney Sheldon aos oito anos e nunca mais parou. Hoje, fez das Letras sua profissão.

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