Um Acordo de Cavalheiros - Lucy Vargas


Editora: Bertrand
Páginas: 350

Sinopse: Tristan Thorne, o Conde de Wintry, não é um homem para brincadeiras. Com uma vida de segredos, amado e odiado na sociedade, ele não é o parceiro ideal para uma dama. Dorothy Miller não sabe o que há por trás de suas motivações, apenas que ele é bastante intenso. Os jornais dizem que ele bebe demais, joga demais e ama escandalosamente. E até mata. Como uma dama determinada a ser dona do próprio destino como Dorothy Miller acaba em um acordo com um homem como Lorde Wintry? Você teria coragem de guardar um segredo com o maior terror dos salões londrinos? Lembre-se: Nunca faça acordos com ele, pois o conde sempre volta para cobrar.





Um Acordo de Cavalheiros foi minha primeira experiência com a autora Lucy Vargas, não tinha muitas expectativas nesse livro, confesso que peguei para ler apenas por que pertencia aquele gênero que amamos por aqui: romance de época. E olha uma das melhores decisões que tomei até hoje!

 Dorothy Miller acorda em uma cama desconhecida, quase sem roupa e sem saber direito como foi parar ali até que ela vê Tristan Thorne, o conde de Wintry parado ao lado da cama. O resumo é que eles acabaram se tornando próximos durante um jantar promovido pela prima dele e ela acabou em sua cama, mas sem concretizar propriamente o ato. Depois disso Wintry fica obcecado por aquela dama da sociedade e oferece um acordo entre eles: seriam amantes até o fim daquela temporada. Dot, que já está com vinte e seis anos, não tem pretensão de se casar, já não é mais virgem há anos vê a oportunidade de ter uma aventura e assim eles acabam por se envolver. Enquanto está tendo um romance tórrido com Dot, Tristan está em uma missão, ele vai se vingar dos homens que estupraram e mataram sua tia e isso pode ser mais perigoso do que ele imaginava.

A narrativa de Lucy te prende muito rápido, antes da página vinte eu já estava tão viciada no livro que não vi o tempo passar. Sensual, divertida e com cenas muito bem desenvolvidas a trama te prende de um jeito que você não consegue parar.

Não vou dizer que Dot é uma moça a frente do seu tempo por que isso é muito óbvio, ela além de não ter pudores por ter perdido sua castidade antes do casamento, anseia por liberdade, não só na cama, mas fora dela também e além de querer para si mesma, ela espera proporcionar isso para a prima.

Tristan é o típico libertino dos romances de época que a gente adora, a diferença aqui é que ele alimenta as fofocas para um certo propósito e por isso tudo que falam sobre ele e sua imoralidade é exagero. Ele é sensual, divertido e louco por Dot mesmo sem saber, a relação deles se desenvolve a olhos nus diante do leitor e nós ficamos "eles estão tão apaixonados" e suspiramos muitas vezes por conta desses dois.

Eu realmente espero que a Lucy escreva outras histórias com o mesmo núcleo de personagens. gostaria muito de ver alguns casais que apareceram no livro terem suas histórias contadas, assim como a história da prima de Dot.

Essa capa é maravilhosa, eu amo azul então sou meio suspeita para falar. A diagramação também está ótima, letra no tamanho certo, margens bem cuidadas, o que ajuda muito ao leitor. Enfim, recomendo muito esse romance e ainda é nacional, o que pode até parecer uma surpresa para alguns, mas não perde em nada para os romances de época gringos.


9 comentários:

  1. Já tinha visto muita coisa boa dos livros dela e esse gênero é um que amo, então o livro chamou atenção. A narrativa da autora parece prender mesmo, deve ser legal de ler o livro por isso. Pra quem já gosta de coisas assim parece valer a pena. E a Dot é bem diferente do que a gente espera nesse tipo de romance né? Tem tanto clichê com mocinhas virgens e coisas assim que fica bem diferente ver alguém como ela. Achei legal. Fora dos padrões.
    Acho que gostaria muito de ler ^^

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  2. Oi Priscila! Eu quero muito ler esse livro da Lucy. Adorei a mocinha que é a Dot e sei que vou amar o Tristan. Quero ver como eles vão lidar com a atração que sentem um pelo o outro *-*

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  3. Confesso que tive uma certa dificuldade em relação a forma de escrita da autora, foi o meu primeiro contato com ela. Mas isso não prejudicou nenhum um pouco a história.
    Achei as surpresas, o romance e o desfecho incríveis. Super indico!
    É uma leitura bem gostosinha, ainda mais pra quem curte romances de época <3
    Tristan é tudo de bom e mais um pouco!
    Beijos
    Caroline Garcia

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  4. Olá! Já conhecia o trabalho da Lucy Vargas, e adorei os outros livros dela, está série já está na minha lista de leitura há algum tempo, quero muito inicia-la, pois o enredo tem tudo que eu amo: romance de época, aventuras, dramas e mistérios.

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  5. Oi, Priscila!
    Nossa que surpresa boa esse livro!! Gostei muito da estória e fiquei mega curiosa com tudo que você escreveu, ainda não li nada da Lucy mas agora quero muito.
    Bjoss

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  6. Oi Pri, tudo bem?
    Já tinha visto este livro, mas ainda não fiz a leitura. Eu gostei bastante da personalidade da Dot, estava pensando esses dias em como as mulheres são retratadas como se fossem de papel nos romances de época, e pelo jeito nossa protagonista é bem forte nesta trama. Fiquei curiosa para conhecer essa relação entre os dois personagens.
    Beijos

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  7. Olá, apesar de não ser inovador, a fato de a protagonista ser dona de si mesma e não deixar ninguém controlá-la torna a obra interessante, sem contar que personagens misteriosos como esse Conde só deixa a trama mais divertida. Beijos.

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  8. Priscila!
    Realmente é um romance inusitado no quesito de como se iniciou, a Lucy soube ser criativa e inovar, ainda mais com uma roupagem mais contemporânea, mesmo sendo um romance do século XIX, quero dizer, ambientado nessa época.
    Acabei de ler Nove regras a ignorar antes de se apaixonar, onde a protagonista tem 28 anos e ainda não casou, o que é raro para a época e também é o debu da irmã mais nova, mas as semelhanças param por aí, mais ou menos, tem ooutras coisas parecidas, mas não iguais…
    Quero ler com toda certeza.
    cheirinhos
    Rudy

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  9. Oi, conheci a autora por outro livro, e quando li a sinopse achei bem clichê, mas é bem diferente do que eu imaginava. Só li dois romances de época nacionais, e eram muito bons, espérolas ler esse é também gostar.

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Priscila, linguista de formação, doutoranda em Narratologia. Começou a ler um livro do Sidney Sheldon aos oito anos e nunca mais parou. Hoje, fez das Letras sua profissão.

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