Mentes Sombrias (2018) | Crítica

Quanto tempo eu dormi para a Rue estar desse tamanho?
Quando todos achavam que as sagas de distopias tinham acabado com a chegada do último Maze Runner, surge Mentes Sombrias que tem tudo para dar certo, mas também tem tudo para dar errado. A adaptação do livro homônimo de Alexandra Bracken tem tudo que as franquias recentes tiveram e que acabaram não lucrando com isso.

Em Mentes Sombrias, temos uma típica distopia já apresentada em sagas já finalizadas, como Jogos Vorazes, Divergente e Maze Runner. Poderíamos até dizer que é uma mistura de todas estas mais um fator que está em alta no momento, super-heróis. Quase um X-Men.

Pose de super-herói
Tudo começa com a morte de crianças e adolescente sem nenhuma explicação aparente nos Estados Unidos, e isso é tratado com maior delicadeza do mundo, algo como “Seu filho vai morrer em breve, mas não se preocupe, vamos tentar achar a cura”. Uma frase emblemática no começo do filme chama bastante atenção “Em um mês mais da metade da minha sala estava morta”, joinha. Assim nós começamos a ver a vida da criança Ruby, interpretada pela Amandla Stenberg (a Rue de Jogos Vorazes) de apenas 10 anos que é uma das sobreviventes. Após isso, Ruby é sequestrada pelo governo dos Estados Unidos e levada para um campo de concentração.

Neste campo, os jovens são separados por cores dependendo dos seus poderes, verde (inteligência acima do normal), azul (telecinese), amarelo (eletrocinese), laranja (controle da mente) e vermelho (cospem fogo kkkkkkkkk). Ruby é classificada como laranja, o problema é que todos os laranjas e vermelhos são mortos antes de serem encaminhados para funções, mas controla a mente do médico e o faz mudar para verde. Assim, a jovem protagonista passa por isso por 6 anos até surgir uma médica que consegue fugir com Ruby do campo. No meio disso tudo, ela foge até da médica que está ajudando, e faz parte da Liga que recruta crianças para lutarem contra o governo, e encontra um grupo de jovens que também fugiu dos militares.

Os quatro tem a difícil missão de encontrar um local onde várias crianças e jovens estão vivendo em um ambiente onde os mesmos podem viver em paz.


Então, como dá para perceber, parece que pegaram todas sagas que fizeram sucesso nos últimos anos, colocaram no liquidificador e acrescentaram uma pitada de X-Men. E é justamente por isso que o filme peca pela falta de originalidade. Divisão de castas como Divergente, a busca por uma cura para uma doença que pode acabar com o mundo como em Maze Runner, luta contra um governo autoritário e um grupo secreto como em Jogos Vorazes e a mutação genética dos mutantes de X-Men.

E é justamente essa falta de originalidade que faz o filme pecar mais. Devemos lembrar que a saga Divergente não chegou nem a ter o último filme lançado por falta de lucros, mostrando que as series de distopias não estão sendo tão valorizadas como antes.

Além disso, outros pontos deixam o filme em baixa. O primeiro é justamente um ponto que há muito tempo já tenho falado, o vilão. Temos dois vilões na história. A primeira chega a ser uma caricatura de caçadora de recompensa e tem um desfecho ridículo ainda no meio do filme. O segundo é óbvio desde o primeiro momento, apesar de ter uma motivação boa para ser o vilão (#SalveMagneto).

Apesar de tudo isso, alguns pontos podem salvar. Um deles é a atuação e o carisma dos quatro atores principais, Amandla Stenberg, Harris Dickinson, Skylan Brooks e Miya Cech (essa dá até vontade de colocar em um potinho e levar para casa). Eles levam o filme quase todos nas costas e a trama romântica da história nos faz querer saber o que vem depois.


Os efeitos especiais estão muito bem apresentadas e sem a necessidade de usá-lo em todos os momentos, como muitos filmes tem abusado recentemente.

Apesar de todos os erros, é um filme que me pegou de jeito e já saí correndo para ler o primeiro livro (e me decepcionar logo em seguida por saber que o segundo ainda não foi lançado no Brasil e não tem previsão). Então, corra para o cinema mais próximo e assista essa nova produção para o público infanto-juvenil.

Para finalizar, vale ressaltar que o filme tem o mesmo produtor de Stranger Things, Shaw Levy e que ele consiga o mesmo sucesso que teve com a série. Que a maldição das sagas não atinja Mentes Sombrias como aconteceu com Percy Jackson, Os Instrumentos Mortais, Divergente e Academia de Vampiros.

#RubyHermione

Obs.: Em breve, farei a resenha do livro.

17 comentários:

  1. Achei interessante a mistura de sagas, de tanta coisa que acaba lembrando. Mas o ruim é que pode acabar parecendo sem originalidade mesmo. Já parece um daqueles filmes bem OK pra mim. Que não fazem tanta falta se não ver, mas que pode ser um bom passatempo, sabe? Deu vontade de assistir por essa garota que fez Jogos Vorazes. Desde lá acompanho muitos filmes com ela. Mas não sei se pagaria cinema pra ver não. Não deu essa animada toda...

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    1. Eu estava bem empolgado para assistir, como pode ser uma saga promissora (ou não), eu teria pago para assistir do mesmo jeito, porque é o tipo de filme que gosto, apesar dele não exceder as expectativas.

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  2. Oi, Kevyn,

    Partindo do princípio de que o filme não possui muita inovação a entregar, também fica muito claro a eficácia com que cada habilidade foi trabalhada, por ter muita ação contida no mesmo.

    Afinal, a situação dos protagonistas recorre e exige muito. E, ver tudo se desenrolando à olhos nus, é dinâmico e nostálgico.

    Não li o livro ainda, então não sei quando poderei assistir a adaptação.

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    1. Este comentário foi removido pelo autor.

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    2. Olá, Daiane
      Infelizmente, esse é o típico trailer de super-heróis. Não há tantas cenas de ação quanto aparenta, e com relação aos poderes é outro problema, pois ele só aparecem quando convem a história, o que deixa tudo muito a desejar.

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  3. Olá! Já me decepcionei um montão com outras sagas como Divergente e Academia de Vampiros, por isso já estou com um pé atrás com essa série, o enredo não me empolgou muito não, acho que essa mistura toda deixa o filme pouco atrativo, enfim, quem sabe depois que eu ler o livro não mude de ideia, mesmo sabendo que a continuação ainda não tem previsão de lançamento no Brasil.

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    1. Olá, Elizete.
      Acho que o grande problema é que as produtoras estão tentando trazer/criar/fazer um novo Harry Potter, algo que alcance todas as idades e que seja lucrativa por tanto tempo, afinal, o último HP foi lançado há 7 anos e ainda rende muito para a Warner.

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  4. Eu só fiquei sabendo deste filme nesta semana de lançamento, onde muitas críticas tem saído. E isso que tem me intrigado bastante.rs Pois muitas críticas estão positivas,mas a maioria, não!
    Fico muito pé atrás com filmes que misturam sagas tão famosas, como Jogos Vorazes e X-Man. Será que ainda funciona um enredo tão igual? Mesmo com um elenco que tem muito a oferecer, vou ver sim, meio apreensiva e sem muitas expectativas.rs
    Beijo

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  5. Olá Kevyn!
    Tentei assistir esse fds que passou, confesso que abandonei, não curti mto não, uma pena, estava animada pra ver...Acho que esperei uma coisa e era outra...
    Bjs!

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  6. Ainda não vi o filme e nem li i livro, mas ele ta na minha lista.
    Acho que essa falta de originalidade acaba sendo grande problema, porque sempre esperamos algo diferente e acaba sendo a mesma coisa que estamos acostumados.
    Espero que ele também não sofra com a maldição.

    beijinhos
    She is a Bookaholic

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  7. Olá!
    Sinto que esses filmes de distopias estão tão o mais do mesmo, que acho que o pessoal já cansou, por isso tantos problemas de bilheteria.
    Esse me parece ser a mesma coisa, eu não pretendo assistir nem tão cedo, na verdade, nem sei se irei assistir.
    É uma pena tantos problemas.
    Bjs!

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  8. Pelo que vi o trailer acho que o filme não vai ser tão empolgante assim mas vou conferir ele mesmo assim porém primeiro eu quero ler o livro que lançaram essere mesmo que é essa é a Rue Jogos Vorazes? Meu Deus como ela está enorme

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  9. Olá, Kevyn
    Não assisti ao filme mas quero muito pela sua resenha e o trailer tenho certeza que vou adorar.
    Concordo com você que em mentes sombrias tem de tudo um pouco misturado, amo X-Men tenho certeza de que vou gostar do filme.
    Beijos!

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  10. Eu sou uma das que não vê mais o gênero distopia com os mesmos olhos, tudo muito parecido. Tenho preferido adaptações a livros. Até o momento da confirmação da adaptação nem sabia da existência da série. Tinha lido outra critica que dizia a mesma coisa "uma mistura de tudo com x-men". Não vou dizer "dessa água não beberei", sei que vou querer assistir, mas vai ser algo sem expectativa.

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  11. Oi, Kevyn!!
    Pelo trailer que assisti parece ser um bom filme, mas tem essa misturada de varias distopias no meio da história e só assistindo para tirar as minhas próprias conclusões.
    Bjos

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  12. Kevyn!
    Não tive oportunidade de ler o livro e muito menos assistir o filme, mas já gostei do enredo pós apocalíptico com tantas transformações e mudanças.
    Gostei de ver que a protagonista é a mesma de Tudo e todas as coisas.
    cheirinhos
    Rudy

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  13. Oi Kevyn,
    parece ser um pouco mais do mesmo, esse filme né?
    Mas até que fiquei com vontade de ler.
    Gosto muito de filmes distópicos, e esse pode não ser o melhor, mas acho que da pra se distrair, ao menos kkkkk
    Bom ver a Rue novamente kkkkk chorei quando ela morreu em JV kkkk
    bjsss

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Priscila, linguista de formação, doutoranda em Narratologia. Começou a ler um livro do Sidney Sheldon aos oito anos e nunca mais parou. Hoje, fez das Letras sua profissão.

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