Cinquenta Tons Mais Escuros || Crítica



Primeiro eu gostaria de dizer que foi muito difícil tirar os óculos cor de rosa de fã da trilogia Cinquenta Tons de Cinza e escrever essa crítica sendo o mais honesta possível e com critérios muito mais técnicos do que emocionais.

Meu lado fã quis achar tudo absolutamente lindo ao mesmo tempo em que meu lado crítico gritava que haviam sérios problemas com o que foi feito nessa adaptação. Antes de mais nada é importante manter em mente que Cinquenta Tons Mais Escuros é o livro mais pesado da trilogia, se discutem assuntos importantes, há diálogos muito densos e decisivos por toda a narrativa que explicam muito da dinâmica do relacionamento de Steele e Grey e do comportamento de Christian.


Talvez um dos maiores desafios da equipe tenha sido exatamente esse, como transformar um livro tão denso emocionalmente, sem alterar o clima do primeiro filme, sem mudar a classificação etária e agradando os fãs? E foi aí que talvez as coisas começaram a desandar.

O roteiro tem sérios problemas de narrativa, a maioria das cenas ficou bastante corrida e essa aceleração causou certo ritmo no filme que o deixou com o mesmo clima de comédia romântica do primeiro. Depois temos cortes de cenas completamente sem sentido, como se contrata um ator para um personagem tão importante e corta a cena dele? Ou como faz-se um corte de câmera completamente sem sentido ao menos umas três vezes? Enfim são apenas alguns dos problemas mais técnicos que talvez na empolgação muita gente nem tenha percebido.


Por último quero falar de Dakota Johnson, no primeiro filme eu achei que ela fez a Anastácia perfeita, agora até o momento quase doze horas depois que vi o filme, não sei se ela é uma atriz genial, por ter me feito ter certa agonia da personagem assim como eu sentia no livro, ou se a atuação dela não me convenceu.

Falados os principais problemas do filme, vamos as coisas que realmente me agradaram: Jamie Dornan mais uma vez veio arrasando como Christian Grey, ele conseguiu o equilíbrio perfeito entre o cara atormentado e o apaixonado que não sabe o que fazer com isso. Em todas as cenas ele aparece você consegue se encantar com o sorriso sexy ou com alguma fala do personagem.


As cenas de sexo em sua maioria ficaram boas, dessa vez temos muitas mais que no primeiro filme. Há muitas cenas feitas especialmente para os fãs, com muitas referências que apenas nós vamos entender e algumas sequências de cenas se você não leu o livro, pode perder a essência daquilo.

As cenas de Christian criança foram um toque que me agradaram MUITO, talvez tenham sido minhas cenas preferidas, pois elas explicam muito, porém na narrativa escrita só aparecem na visão contada por ele com mais ênfase, assim como foi no filme.

Enfim, no final tenho certeza que os fãs saíram em suma maioria encantados, mesmo sabendo que muito da profundidade do livro não foi traduzida na tela.

5 comentários:

  1. AAAAA tem cenas dela criança 😭😭 amo tanto os livros! Pelo que você disse não melhorou muito e isso me deixa sad :( mas é tipo o filme/série de Instrumentos Mortais: é uma bosta, mas meu lado fã não liga

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  2. Assisti o filme ainda a pouco e MDS, maravilhosoooo. Concordo completamente com você as cenas foram cortadas demais, nossa, o filme foi maravilhoso eu amei achei que james estava mais relaxado no papel do que o filme anterior e A MELHOR PARTE é as cenas após os créditos eu fiquei que boca aberta ! #chega logo 2018!

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  3. Ainda não assisti ao filme, mais li todos os livros. Sou apaixonada por essa trilogia!❤

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  4. Ainda não assisti , vou ver segunda ! Muito boa sua crítica ;) Sou supeeer fã de 50 tons !

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  5. Voltando aqui , assisti o filme e ameeeeeei ! Sim , lógico , muitas partes importantes do livro não estavam , mas quem eh fã mesmo , se emociona e ama o que ten ! E pra lembrar que o Dvd vai ter quase 1 hora de cenas extras ♡♡♡

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Priscila, linguista de formação, doutoranda em Narratologia. Começou a ler um livro do Sidney Sheldon aos oito anos e nunca mais parou. Hoje, fez das Letras sua profissão.

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