Power Rangers (2017) | Crítica






Se você cresceu nos anos 90 provavelmente já viu a série clássica dos Power Rangers e se você como eu cresceu nos anos 90 queria ser a Ranger Rosa ou o Ranger vermelho, pode confessar a gente deixa.No meu caso, eu gostava da série, queria ser a Ranger Rosa, mas depois de um tempo troquei e quis ser uma Sailor Moon e não larguei mais, então se você se perguntar "Será que ela é fã?" eu respondo: "Gosto, traz gosto de infância, mas não sou  FÃ com letras maiúsculas", mas mesmo assim eu fui ao cinema com o coração e a mente abertos para o filme e me surpreendi positivamente com o resultado.


Eu decidi fazer uma crítica a esse filme muito mais emocional do que técnica, então talvez se você estiver esperando que eu fale que o filme tem seus defeitos, bem, tem sim, mas não vou citá-los aqui. Provavelmente tem uma infinidade de outros blogs/críticos por aí que vão fazer isso e que você nem vai reparar nesses pequenos detalhes quando for ver Power Rangers no cinema, então resolvi abordar uma questão um pouco diferente que me chamou muito mais atenção que possíveis falhas de roteiro ou mesmo falhas técnicas.



O filme começa com Jason Scott sendo um típico jogador de futebol americano e pregando aquele tipo de peça que são crimes e como bom líder de time de futebol americano, ele paga "o pato" sozinho. Pega uma pena e começa a fazer detenção e é lá que ele conhece Billy, um garoto com interesses estranhos e gostos peculiares que o convida a estudar pedras em uma pedreira e diz que pode livrá-lo do toque de recolher imposto pela prisão domiciliar ao qual é imposto. Ao chegar nessa pedreira eles encontram Kimberly e Jason logo se aproxima da moça, mas uma explosão causada por Billy chama a atenção de Jason e Tini e assim eles acabam por achar cinco moedas que mudarão suas vidas para sempre.

Para quem lembra na série não temos Power Rangers tão humanos, muito pelo contrário, temos adolescentes prontos que nasceram para ser heróis e que aceitam de bom grado arriscar suas vidas para combater o mal, em nenhum momento eles questionam nada, muito pelo contrário tudo parece muito natural e uma honra sem tamanho.


No filme temos cinco adolescentes que querem buscar seu lugar no mundo, um que cometeu um erro e perdeu seu status de menino de ouro, uma menina que cometeu cyberbullying, um garoto que perdeu o pai e que se vê sozinho, um que pode perder a mãe a qualquer momento para uma doença fatal e uma menina que vem de uma família tradicional, mas que de tradicional não tem nada. São cinco personalidades diferentes, com problemáticas diferentes, que são considerados desajustados pela sociedade padrão, mas que acabam se tornando heróis! Lógico que eles relutam, lógico que eles não se acham bons o suficiente, mas mesmo assim eles aceitam o desafio.

Ora, para a minha geração nascer herói era o suficiente, todos podíamos ter nascido assim. Porém para a geração atual que lida com tantas expectativas desde muito cedo um filme que traz a mensagem "Hey, você aí que não se ajusta em um padrão vem aqui você pode ser um Power Ranger" é no mínimo digno de crédito. Essa abordagem mais humanizada dos heróis de uma geração inteira era o toque que estava faltando para que as novas gerações pudessem querer se tornar Power Rangers assim como nós quisemos.


Outro destaque que eu gostaria de dar acerca dos personagens é para Elizabeth Banks como Rita Repulsa, a atriz está magnífica no papel e as cenas de Rita no filme vão de engraçadas a de tirar o fôlego em uma piscada. Além disso o plot escolhido pelos roteiristas para retratar a vilã também veio a humanizá-la trazendo um toque todo especial, pois se nem todos nascem heróis, isso vale também para os vilões, nem todo mundo nasce malvado, mas o poder, a inveja, etc. seduzem e fazem com que você termine como um grande vilão.

Dito isso, eu quero avisar que a trilha sonora do filme está simplesmente INCRÍVEL! As músicas são empolgantes e dão um toque todo especial a jornada desses heróis. Algumas sequências com efeitos especiais estão também maravilhosas, o que com o baixo orçamento do filme consideramos um milagre. 

Quero chamar a atenção da fan base, amigos fãs alguns momentos icônicos como a "Hora de morfar" e o momento master onde os zords viram o famoso megazord ficaram de fora, eu particularmente senti MUITA falta desses dois itens, mas em compensação Zordon replica uma fala do seriado que traz as três condições para ser um Ranger <3 

Enfim, só queria dizer que se você está procurando um filme divertido para ver esse final de semana se jogue e vá ver Power Rangers sem medo de ser feliz e não esqueça de ficar depois dos créditos tem cena extra.


3 comentários:

  1. Oi.
    Que lindo!
    Power Rangers fez parte da minha infância e você não sabe como eu sinto falta daquele tempo, ao contrário de você sempre quis ser a Power Rangers rosa (bate aqui), mas depois mudei e queria ser o Power Rangers preto e isso até os tempos atuais, vou assistir com certeza.
    Bjs.

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  2. Priscila, eu cresci nos ano 2000 mas com a TV Globinho era incrível, com certeza assisti "Power Ranger", e sim, meu sonho era ser uma Ranger Rosa kk, quem não?
    E eu estou bem animada com esse filme, o trailer é sensacional. E achei bem legal essa pegada deles de mostrarem que qualquer pessoa, por mais problemas que tenha, pode ser um super-herói (como você comentou).
    Estou curiosa pela cena extra!

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  3. Priscila, não sei se me considero fã, mas com certeza rola toda a nostalgia e lógico que tive meu momento quero ser ranger rosa.
    Acho que a maioria das pessoas vão atrás mais de defeito do que de diversão nesses filmes, mas gostei que você falou sobre abordarem esse lado mais humano dos personagens.
    Chateada que não tem o "hora de morfar" era a melhor parte.

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Priscila, linguista de formação, doutoranda em Narratologia. Começou a ler um livro do Sidney Sheldon aos oito anos e nunca mais parou. Hoje, fez das Letras sua profissão.

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