Máquinas Mortais (2018/2019) | Crítica


Depois de Jogos Vorazes, Maze Runner e Divergente, a Universal Studios tenta implacar mais uma distopia. Máquinas Mortais chega ao Brasil hoje, 03 de janeiro, tentando trazer uma nova visão sobre o futuro ainda não vista em filmes como os dos exemplos anteriores.

Máquinas Mortais se passa em um mundo futurístico após a Guerra dos 60 Minutos, onde os humanos usaram armas quânticas para destruir parte da humanidade. Como forma de fugir uma terra extremamente radioativa, foi necessário criar cidades ambulantes, como se fossem grandes máquinas capazes de se locomoverem de um lado para o outro e ainda apostar uma corrida.


A parte principal da história acontece na cidade de Londres (fixe, é uma cidade andante, então ela não fica onde nós conhecemos). O filme já começa com uma perseguição, onde a Londres quer pegar uma cidade pegar devido o seu minério, e isso nos leva a uma corrida estilo Mad Max.

Na história em si, temos dois protagonistas (ou seriam quatro, o roteiro não deixou bem claro). Primeiro somos apresentados a Tom Nastworthy, interpretado pelo Robert Sheehan (Simon de Os Instrumentos Mortais [o filme]), um jovem historiador que trabalha no Museo de Londres. Em seguida, conhecemos Hester Shaw, feita pela Hera Hilmarsdóttir (Amor em Tempos de Guerra), uma jovem que quer vingança pela morte da mãe, assassinada pelo Senhor Valentine, um arqueólogo que "gerência" a cidade de Londres. 

Com isso, os dois "vão viver altas aventuras e peripécias" para conseguir a vingança e que um plano maligno de Valentine não seja executado.


Em resumo, o filme não funciona. É muita coisa acontecendo, é história que não acaba mais e mal explicadas, você chega a não entender o que está acontecendo em tela em determinados momentos. Devo acrescentar que durante algumas falas do filmes (vimos a versão legendada), os críticos riam de tão ridículas que eram, isso em momentos de tensão.

A atuação também não ajuda em nada. O casal protagonista não tem química nenhuma e não nos passa emoção alguma. Hester tem uma história emocionante, mas não foi passado isso. Por incrível que pareça, a melhor atuação é do Stephen Lang, que faz um robô, Shrike, que inclusive, é o personagem mais profundo de todo o filme.


Infelizmente, nem o roteiro, nem a direção ajudaram na melhora do filme. Basicamente, há dois núcleos, o que fica em Londres e o que está errante. Passamos tanto tempo sem saber o que está acontecendo em Londres, que em alguns momentos esquecemos o tanto eles podem ser bem aproveitados na trama.

Apesar de tudo isso. Pelo menos os efeitos visuais estão muito bons. A construção das cidades (que inclusive não são aproveitadas em nada), o modo como as batalhas acontecem e todo o conjunto de coisas criadas para a composição do filme são de encher os olhos, pela que o resto não funciona.


Vale lembrar que Máquinas Mortais já é um fracasso para a Universal, tendo em vista que não arrecadou mundialmente nem o esperado até o momento. Por isso, provavelmente, não haverá uma continuação.

Máquinas Mortais é o típico filme que você assiste sem pretensões nenhuma, apenas para se divertir e passar o tempo. Caso ainda queira ver, ele estreia hoje, 03 de janeiro, nos cinemas brasileiros. 

Obs.: Infelizmente, não li o livro, mas me criou uma grande curiosidade para saber como isso é construído na literatura. 

8 comentários:

  1. Olá Kevyn,
    Por levar o nome de Peter Jackson, o filme me empolga um pouco, mas, em contra partida, nunca gostei de Mad Max, e como já vi semelhança, desanimei um pouco. Espero poder ler o livro, pelo menos.
    Outro ponto que, particularmente, eu achei bacana, foi esse jogo de poder, mesmo sendo uma distopia, nas entrelinhas mostra bem como uma cidade se destaca "em cima" da outra...
    Bem, uma pena o filme já ter fracassado, quando vi sobre o lançamento, imaginei que faria um sucesso maior.
    Beijos

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  2. Desde quando vi que seria lançado não senti vontade alguma de assistir o filme. Desde o trailer lembrei um pouco de Mad Max, e como não gostei dele, meio que já me imaginei não gostando desse tbm.
    É uma pena que não teve bom aproveitamento dos atores, da direção e do cenário em si. Não pretendo assistir.

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  3. Oi, Kevyn
    É uma pena gastar tanto dinheiro em algo que não agrada ao público.
    A história em si parece muito interessante no livro, mas em filme não esta tão atraente.
    Quero poder ler o livro para saber se é bom o quanto eu imagino.
    Beijos

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  4. Kevyn!
    Tenho lido algumas resenhas do livro e até gostei, porque gosto dessa ficção estilo steampunk, agora sobre o filme, é a primeira crítica que leio e que pena que não gostou. Talvez para quem tenha lido o livro, seja mais fácil entender a dinâmica aplicada no filme. Não sei, estou apenas especulando.
    cheirinhos
    Rudy

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  5. Olá! Bem eu desisti de acompanhar distopias nos cinemas depois da decepção que senti com Divergente, a série ficar sem conclusão foi péssimo, ainda não li esse livro, por isso acredito que esse fator somado aos demais problemas apresentados, como o roteiro ruim e a falta de química dos atores, me desanimaram ainda mais, uma pena que não foi possível fazer a história funcionar.

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  6. Achei interessante a ideia mas não chamou atenção pra ir ver. Pelo visto nem perdi muita coisa mesmo. O livro é que fiquei curiosa, porque a ideia dele é legal e talvez funcione melhor na leitura. Tanta coisa errada não chama atenção pra ir ver, mas pra ler chamou.

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  7. Oi, Kevyn!!
    Vi o trailer desse filme é até achei bem bacana a história, mas infelizmente não é uma distopia tão boa assim, então lamentavelmente não vou gastar o meu dinheiro assistindo esse adaptação.
    Bjos

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  8. Ah, não me interessou.
    Muito fraquinho e tema superbatido.
    Uma pena, adoro filmes distópicos, mas realmente precisam de ter mais criatividade.
    bjs

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Priscila, linguista de formação, doutoranda em Narratologia. Começou a ler um livro do Sidney Sheldon aos oito anos e nunca mais parou. Hoje, fez das Letras sua profissão.

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