Um Lugar Silencioso - Parte II (2020/2021) | Crítica


Provavelmente um dos filmes mais esperados do ano pelos fãs de suspense é Um Lugar Silencioso - Parte II depois do grande sucesso que foi a primeira parte. Mas o que todos querem saber é: essa segunda parte faz jus a primeira ou é só mais uma continuação boba?

Inicialmente, é bom deixar claro que estamos falando de uma parte 2 do filme Um Lugar Silencioso e não de um segundo filme com uma nova perspectiva. Aqui, a história é contada a partir do final do primeiro. Por isso, já deixo claro que essa crítica terá spoiler da parte 1, então, se não assistiu, corre para ver.

*ALERTA DE SPOILER*
Com o mundo ainda em caos com os acontecimentos da parte 1, Evelyn (Emily Blunt) e os filhos Regan (Millicent Simmonds) e Marcus (Noah Jupe) ainda estão assimilando a morte do pai, Lee (John Krasinki), e do irmão mais novo, ao mesmo tempo que cuidam do bebê recém-nascido. Por isso, eles partem em busca de condições melhores, já que os suprimentos estavam acabando.



Durante a fuga, acabam encontrando Emmett (Cillian Murphy), um amigo de anos, que inicialmente se opõe que a família fique, pois seu sofrimento com a perda dos seus filhos ainda é grande.

O que nenhum dos três recém-chegados esperava era que conseguiriam captar uma frequência de rádio que toca a mesma música há meses. Por isso, Regan decide deixar todos e fugir em busca do local da transmissão, com a promessa de voltar para regatá-los. Emily ao saber implora para que Emmett traga de volta sua filha. É a partir deste momento que história se desenvolve: Emily tendo que cuidar de seu filho recém-nascido e de Marcus, que está gravemente ferido, e Regan e Emmett em busca do local de transmissão.



Mas será que Um Lugar Silencioso - Parte II é tão incrível quanto o primeiro? A resposta é com certeza SIM. Essa parte é tão boa, e talvez até melhor que filme 1. O momentos de suspense estão ainda mais realistas, fazendo o público sentir a tensão do começo ao fim. Você passa o filme inteiro esperando que tudo se resolva já que não aguenta mais ver tanta gente sofrendo e cada conquista ou perda é motivo para se emocionar.

E boa parte do mérito desse filme vai para as atuações brilhantes. Os quatro protagonistas tem atores com nomes fortes na indústria cinematográfica e que mostraram o porquê disso. Emily Blanch entrega um atuação digna de um Oscar. Já Noah Jupe mostra que estão certos aqueles que dizem que ele é uma das grandes promessas da atuação, e que, apesar de ter apenas 16 anos, já traz uma longa lista de filmes, alguns até como protagonista, como é o caso de Honey Boy (2019), onde Noah entrega uma de suas melhores atuação.



Já Cillian Murphy mostra o porque de ser um dos novos queridinhos do momento. Protagonizando ainda Peaky Blinders, uma das séries de mais sucesso na atualidade, Cillian entrega um Emmett extremamente realista. Sem contar sua caracterização, que o deixa quase irreconhecível.


Mas sem dúvida, uma das melhores atuações está por parte de Millicent Simmonds, que é surda da vida real e no filme. A garota deu tudo de si pelo papel e mostrou que também é um forte nome para as gerações futuras hollywoodianas.


Além da atuação, o roteiro lhe prende muito. Os momentos de tensão são bem colocados e não é colocado apenas para "dar sustos" no expectador. Claro, que os diálogos são um caso a parte, com uma mistura de língua oralizada e ASL (língua americana de sinais), fazendo toda a diferença para o desenvolvimento da trama.

Outro ponto forte é a trilha sonora. Os momentos silenciosos são extremamente perturbadores e talvez causem até mais espanto que os momentos com fundo.



Para finalizar, a única coisa que tenho a dizer é que espero que a parte 3 saia logo, não aguento mais ver essa família sofre.

Um Lugar Silencioso - Parte II estreia hoje, 22 de julho, nos cinemas do Brasil.


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Priscila, linguista de formação, doutoranda em Narratologia. Começou a ler um livro do Sidney Sheldon aos oito anos e nunca mais parou. Hoje, fez das Letras sua profissão.

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