Editora: Random House Books
Páginas: 336
Classificação: 
Sinopse: Uma forma de sobreviver.
Uma forma de servir.
Uma forma de economizar.
Simi rezou aos deuses uma vez. Agora ela os serve como Mami Wata - uma sereia - coletando as almas daqueles que morrem no mar e abençoando suas jornadas de volta para casa.
Mas quando um menino vivo é lançado ao mar, Simi vai contra um decreto antigo e faz o impensável - ela salva a vida dele. E o castigo aguarda aqueles que ousam desafiar os deuses.
Para proteger as outras Mami Wata, Simi deve viajar até o Criador Supremo para fazer as pazes. Mas nem tudo é como parece. Lá está o menino que ela resgatou, que sabe mais do que deveria. E algo está obscurecendo Simi, algo que preferia vê-la fracassar. . . .
O perigo espreita a cada passo, e conforme Simi se aproxima, ela deve enfrentar deuses vingativos, terras traiçoeiras e criaturas lendárias. Porque se ela falhar, ela arrisca não apenas o destino de todas as Mami Wata, mas também do mundo como ela o conhece.
Sabe aqueles livros que você vê e acha que vai amar e quando começa a ler suas expectativas vão murchando?
Simidele foi arrancada de sua casa há muito tempo atrás, agora ela serve aos deuses como Mami Wata, uma sereia que leva a alma daqueles que caem no oceano para encontrar seu caminho. Até que ela encontra alguém que ainda está vivo, um rapaz que foi jogado de um navio, e é aí que Simi comete um erro: o salvando. O rapaz se chama Kola e foi raptado e vendido como escravo a mercadores. Ao confessar seu pecado, Simi fica sabendo que pode ter colocado em risco todas as Mami Wata já que sua tarefa não é salvar vidas, mas apenas facilitar sua jornada para o outro mundo. A punição para elas será a morte e é assim que Simi inicia sua jornada em busca do perdão do grande deus. Para conseguir pedir clemência ela deve encontrar um par de anéis para invocar uma audiência com o grande deus, os anéis estão próximos a aldeia de Kola. Porém nesse meio tempo, o mensageiro dos deuses tentará a todo custo atrapalhar essa jornada.
Minha primeira experiência com essa autora e eu estava MUITO animada, recebi esse lançamento pouco antes do lançamento internacional (que foi em novembro) e eu já estava com a expectativa lá em cima. A ideia toda desse livro me agrada: a mitologia da sereia, a cultura africana, o contexto dos séculos de escravidão e um aviso de possíveis gatilhos para assuntos mais pesados me encantaram de primeira. Porém, tudo foi por água abaixo de certa maneira. A autora não conseguiu trabalhar bem esse livro, que é mais introdutório por ser uma série, mas que deixa pontas soltas nesse arco que não fazem sentido. Eu acho que estava esperando mais sobre a questão da escravidão e mais sobre como muitas almas se perderam no mar, mais questões políticas e mais discussões sobre a cultura africana. O que eu recebi foi uma jornada estilo Hércules e suas doze tarefas e um romance mal trabalhado.
Simi tem tanto para entregar ainda, ela tem uma jornada tão linda. Foi arrancada de casa, levada por homens e sofreu tudo que vocês estão pensando aí até morrer e retornar como Mami Wata. A partir daí sua missão é levar almas para o outro mundo, muitas vezes sentindo o que elas sentiram e vendo os horrores que passaram. Ela é uma personagem forte e bondosa, que infelizmente não foi tão bem aproveitada nesse livro, eu espero que a autora invista nela e em sua jornada nos próximos volumes da série.
Outros personagens tinham muito potencial, como Issa o garotinho que se apega a Kola como um irmão mais novo. Sinceramente eu achei que a autora colocou muita informação nesse livro e só deixou lá, quando até mesmo trabalhar mais os personagens secundários teria sido melhor.