CRÍTICA | A FERA (2022)

 


A Fera é o novo filme protagonizado por Idris Elba e distribuído pela Universal Pictures, que chega aos cinemas brasileiros trazendo uma trama de sobrevivência envolvendo leões, caçadores e cenários exuberantes no meio do continente africano – tudo isso em singelos 90 minutos de duração.


No filme, acompanhamos a história do médico Nate Samuels (Idris Elba), que está de luto devido à morte da ex-esposa. Nate leva suas duas filhas adolescentes a uma reserva na África do Sul, onde conhecera a companheira, para se reconectar com elas. A família se junta então a um antigo amigo, Martin, que mora no local e servirá como guia pelas localidades africanas. O problema é que eles acabam entrando no território de um leão enfurecido, disposto a caçá-los a qualquer custo.



O filme é dirigido por Baltasar Kormákur, conhecido por Sobrevivente (2012) e Evereste (2015), outras obras que desenvolvem suas tramas em torno dessa temática: pessoas lutando para sobreviver a situações extremas. Isso significa que o diretor tem experiência com o gênero, o que fica claro na condução da história. A câmera, por exemplo, traz um dos principais pontos positivos: bons planos-sequências que facilitam a imersão, pois fazem parecer que estamos caminhando pelos cenários do filme. Cenários, aliás, muito bonitos e bem valorizados pela ótima fotografia e pelos efeitos digitais decentes, que não estragam nossa experiência.



O problema, porém, é que devido a um certo exagero no uso da câmera na mão, rodando de um lado para o outro, algumas pessoas podem se sentir desconfortáveis em alguma cena mais instável. Mas isso não é o pior. Infelizmente, a história se desenvolve a partir de alguns clichês do gênero, o que acaba tornando o final um pouco previsível.

Por isso, o que pode realmente atrapalhar a diversão é o roteiro, que conta com bons diálogos, mas deixa muito a desejar em relação às atitudes dos personagens e à resolução geral da trama. Há até uma explicação plausível para o motivo dos ataques da “fera”, mas, com o desenrolar da história, ela se torna cada vez menos convincente.



Assim, apesar da experiência com o gênero, o diretor não traz nada de novo nesse filme, especialmente devido ao roteiro, o que pode frustrar um pouco os cinéfilos mais exigentes. Entretanto, quem gosta de filmes nesse estilo, como A sombra e a escuridão (1996), e não for muito exigente com roteiros, poderá apreciar algumas cenas bastante tensas e assustadoras.


Assista ao trailer: 



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Priscila, linguista de formação, doutoranda em Narratologia. Começou a ler um livro do Sidney Sheldon aos oito anos e nunca mais parou. Hoje, fez das Letras sua profissão.

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