CRÍTICA | Trem Bala (2022)



 Um pai desesperado, uma garota misteriosa e cinco assassinos profissionais entram em um trem. Não é piada, é o início de Trem-Bala, novo filme de Brad Pitt, que estreia dia 4 de agosto nos cinemas. Baseado em um romance japonês escrito por Kotaro Isaka e publicado no Brasil sob o mesmo título, Trem-Bala é uma comédia de ação que mistura tensão, pancadaria e piadas absurdas.


A história é bem simples: Ladybug (Brad Pitt), um assassino profissional que se considera muito azarado, é contratado por Maria Beetle (Sandra Bullock) para uma missão. Seu objetivo é embarcar em um trem-bala que partirá de Tóquio e roubar a maleta de um passageiro. É claro que tudo dará errado.



O filme é dirigido por David Leitch, que tem muita experiência com o gênero: foi ele quem dirigiu Atômica, Deadpool 2 e Velozes & Furiosos: Hobbs & Shaw. Leitch começou sua carreira no cinema como dublê e, após atuar em mais de 80 filmes de ação nessa função (inclusive como dublê do Brad Pitt), acabou codirigindo o aclamadíssimo John Wick e garantindo um espaço entre os grandes diretores de ação. Não espere, porém, encontrar um novo John Wick em Trem-Bala. Aqui o projeto é muito menos ambicioso e muito mais descontraído.




Um dos melhores aspectos de Trem-Bala são seus personagens excêntricos e curiosos. A impressão é que alguns mereceriam um filme a parte, como os gêmeos Tangerina (Aaron Taylor-Johnson) e Limão (Brian Tyree), que roubam a cena em alguns momentos. Além disso, o filme assume um certo estilo colorido e pitoresco, reforçado por uma trilha sonora que diverte e empolga. Tudo isso é permeado por uma atmosfera completamente cômica, como se pedisse para que nada seja levado a sério.

Por outro lado, um dos problemas pode ser a associação desses elementos engraçados com a violência gráfica utilizada em algumas cenas. Há um nível de estilização da violência que pode causar certo desconforto – nada, porém, que já não tenhamos visto antes no cinema de ação.



Ao misturar cenas caóticas com piadas absurdas e personagens excêntricos, Trem-Bala pode hipnotizar e divertir aqueles que conseguirem aceitar tudo que está sendo contado. Não, não será o melhor filme de ação do ano, mas agrada e deixa a impressão de que deve ser assistido acompanhado de um balde de pipoca.

Assista ao trailer:



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Priscila, linguista de formação, doutoranda em Narratologia. Começou a ler um livro do Sidney Sheldon aos oito anos e nunca mais parou. Hoje, fez das Letras sua profissão.

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