CRÍTICA | A Pequena Sereia (2023)

 


A Pequena Sereia(2023) veio para mostrar que a Disney não tem um compromisso sério com a diversidade em seus filmes. Apesar de trazer uma sereia negra e da maravihosa performance de Haille Bailey como a protagonista que não se sente parte do mundo em que vive, a Disney não se propôs a entregar bom roteiro, boa caracterização e edição do filme.


Dirigido por Rob Marshall, A Pequena Sereia conta a historia de Ariel (Halle Bailey), que não se conforma com a vida que leva debaixo do mar e tem uma curiosidade pelos seres humanos. Quando em um naufrágio ela acaba salvando a vida de um homem, o príncipe Eric (Jonah Hauer-King), e acaba se apaixonando perdidamente por ele. Para encontrar seu grande amor, então, Ariel faz um acordo com a bruxa do mar, Úrsula (Melissa McCarthy) e tem três dias para ganhar um beijo de amor verdadeiro.


No geral o que salvou o filme foram as interpretações geniais. Halle Bailey trouxe vocais e entregou emoção a uma personagem que não me despertou nenhuma empatia, Jonah Hauer-King entregou beleza a um principe liberal na economia e conservador nos costumes, Melissa McCarthy nos entregou TUDO ao mostrar uma bruxa cômica, com caras e bocas e uma risada de ficar na memória e  Javier Bardon entregou um pai preocupado e superprotetor que o rei Tritão sempre foi. As dublagens de Jacob Tremblay, como Linguado, e Daveed Diggs, como Sebastião, salvaram dois importantes personagens do desenho de uma caracterização risível.



E ai vamos para os grandes problemas desse filme, as caracterizações. Acho que a grande queixa dos fãs da princesa Ariel foi a ausência da marca registrada da personagem: os famosos cabelos vermelhos, que no filme ficaram insípidos e sem vida. Para além disso, as roupas dadas a Ariel enquanto estava em terra não pareciam em nada com as do desenho ou mesmo bem acabados. 


Além disso, o filme fica muito escuro em diversos momentos, e a maquiagem de Melissa McCarthy muitas vezes nem aparece, são pequenos detalhes que poderiam ter feito e muito a diferença. Os roteiristas também não fizeram muito esforço para adequar minimamente a historia de Ariel em algo que tocasse no problema ambiental, colocando os humanos como uma raça não totalmente ruim.




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Priscila, linguista de formação, doutoranda em Narratologia. Começou a ler um livro do Sidney Sheldon aos oito anos e nunca mais parou. Hoje, fez das Letras sua profissão.

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