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Após o sucesso histórico de Top Gun: Maverick, Tom Cruise retorna às salas de cinema em mais um filme Missão: Impossível, franquia que se tornou uma das mais lucrativas do cinema americano e foi responsável por consolidar a carreira do ator. Para quem nasceu na década de 90 e cresceu assistindo aos filmes dessa franquia, é até difícil apreciar Missão: Impossível – Acerto de Contas Parte Um (ou Missão: Impossível 7) sem ser tocado pela nostalgia despertada nas cenas de pura adrenalina que são acompanhadas pela clássica trilha sonora da série. É claro que o novo longa não é perfeito, mas a qualidade das cenas de ação nos permite relevar as eventuais falhas do roteiro.
Ethan Hunt (Tom Cruise), espião da Força Missão Impossível (IMF), precisará enfrentar o maior desafio da sua vida: uma inteligência artificial chamada de Entidade. Na trama, essa IA superpoderosa desenvolveu uma espécie de autoconsciência que permite que ela se aprimore e se torne capaz de invadir e adulterar qualquer sistema digital do mundo conectado à internet. Esse poder, como esperado, irá atrair vários países mal intencionados, que desejam colocar as mãos em uma misteriosa chave supostamente capaz de controlar as habilidades dessa IA. Hunt, por outro lado, planeja simplesmente destruir a Entidade para evitar que seu poder seja utilizado pelas pessoas erradas. Sim, um enredo bastante atual, mas nada inovador.
Nessa missão, Hunt conta com a ajuda dos seus parceiros Luther (Ving Rhames), Benji (Simon Pegg) e Ilsa (Rebecca Ferguson) para recuperar essa chave, enquanto a Entidade usa um curioso capanga chamado Gabriel (Esai Morales) para evitar que controlem seu poder. Há ainda duas personagens que recebem destaque na trama: Grace (Hayley Atwell), uma habilidosa ladra contratada anonimamente para roubar a chave, o que acaba dificultando bastante a vida de Hunt, mas também permite que os dois trabalhem juntos em alguns momentos – o que gera cenas bem engraçadas; e Alanna (Vanessa Kirby), conhecida como Viúva Branca, que está de volta e tem seus minutos de protagonismo quando se envolve na busca pela tão desejada chave.
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O projeto Missão: Impossível continua nas mãos de Tom Cruise e Christopher McQuarrie, que praticamente decidem juntos os rumos da franquia desde o quinto filme (Missão: Impossível – Nação Secreta). McQuarrie escreveu e dirigiu os últimos três longas, enquanto Tom Cruise os produz e protagoniza, tendo como marca pessoal a participação nas cenas de ação sem a utilização de dublês. Os produtores utilizaram inclusive uma das cenas mais importantes (e arriscadas) do longa para promovê-lo: Hunt/Cruise salta de um penhasco pilotando uma moto para, em seguida, abrir um paraquedas (de acordo com o material promocional, Tom Cruise deu inacreditáveis 500 saltos de paraquedas e 13.000 saltos de moto para gravar essa cena – haja disposição!). Em uma era de tanto filme com CGI ruim, é um alento para os fãs de cinema apreciarem cenas de ação bem produzidas e filmadas, em que tudo parece extremamente real e arriscado.
Nem tudo é elogiável, claro. O roteiro é um pouco genérico e apresenta falhas comuns em filmes de ação, como o excesso de diálogos expositivos e o surgimento convenientemente providencial de algum personagem no último segundo (o famoso Deus ex machina). Essas pequenas imperfeições podem ser, contudo, facilmente perdoadas quando você está imerso na história e vidrado nas cenas de ação. Missão: Impossível 7, portanto, é daqueles filmes que merecem ser contemplados na sala de cinema (e na maior tela possível).
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