Descubra quem é o verdadeiro macho alfa |
Enredo se passa há 20 MIL anos, na região onde hoje é a Europa (tinha que ser), e conta a história de um jovem garoto chamado Keda, interpretado pelo Kodi Smit-McPhee (pode parecer um nome estranho, mas ele é quem interpreta o Noturno em X-Men: Apocalípse), que é filho do chefe da tribo e está indo para sua primeira caçada antes do inverno.
Esse é aquele tipo de filme que mostra uma parte do meio da história para depois voltar ao inicio e contar desde o começo, então já é sabido que no meio dessa caçada o jovem Keda acaba sendo arremessado por um mamute (eu acho que era um mamute) e fica preso no meio de um penhasco. O pai, depois de não ter respostas visual do filho, acha que o mesmo morreu e decide voltar com o luto e a comida para casa.
Depois nós descobrimos que Keda não está morto, e, felizmente, ele consegue sair do penhasco, com uma perna quebrada, fome e sede. Após superar alguns desafio, ele é atacado por uma alcateia e acaba ferindo um dos lobos. Ele sente pena do mesmo e começa a cuidar do mesmo. É aí que começa o desenvolver da história e a premissa do filme, como Keda consegue voltar para casa depois de ter seu pé quebrado, o inverno chegando e um lobo selvagem o ac
Nós vemos como o homem se aproximou dos lobos e passou a perceber que os lobos podiam não ser seus inimigos, mas seus aliados em tudo.
Com relação a parte técnica, temos muito o que falar. Em vários momentos dá vontade de pedir para que parem o filme para olhar as imagens com mais clareza e apreciar de tão belas que são. Como se trata de uma época sem tanta poluição e luz, as partes que retratam o céu, principalmente a noite, estão belíssimas, muitas, inclusive, aparecem fundos de telas e isso traz uma beleza incomparável, me fazendo acreditar que é um dos filmes mais belos, visualmente falando, que já vi na vida.
Além disso, há um protagonista que realmente incorporou o papel e nos fez sentir as dores e os sentimentos de sua jornada (falando nisso, sugestão de leitura: A Jornada do Herói, do Joseph Campbell). A sonoplastia também está incrível. Cada som que nos impressiona, deixando a maior parte do filme apenas com sons naturais e marcantes da natureza, trazendo mais realidade.
O ponto negativo é justamente a realidade. O uso excessivo de Computação Gráfica (CG) deixou muita coisa estranha, o primeiro impacto já é com os mamutes na primeira cena. Logo nós vemos os lobos, que não são nada realistas. Sem contar o lobo que interpreta o Alfa, que em muitas cenas se percebe que é um cachorro de verdade, mas que não parece nada com um lobo, e quando precisam de mais interação entre o animal e o protagonista usam e abusam de CG (lembra muito o que fizeram com a Renesmee, em Amanhecer). Outro lado é o roteiro surrealista, com passagens bem clichê típicos de filmes com animais.
Sendo sincero, Alfa é um ótimo filme para passar tempo, mas, infelizmente, parece muito com aqueles filmes que comprávamos antigamente nas Lojas Americanas com dois filmes por R$12, apesar da qualidade de imagem e som. Mas se for de seu interesse ver um pouco da vida na antiguidade, é uma boa pedida.
OBS.: Como estudante de linguística, não temos como não ver o filme e não lembrar a todo momento do acontecido com o Museu Nacional do Rio de Janeiro, imaginando a quantidade de material perdido em apenas uma noite.