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Alfa (2018) | Crítica


Descubra quem é o verdadeiro macho alfa
É muito estranho e difícil encontrar um filme que lide e demonstre a pré-história de um modo não tão selvagem, pois sempre nos remetemos ao extremo inicio da civilização humana. Alfa nos traz uma proposta diferente da que estamos acostumados em filmes do gênero, mas bem diferente mesmo. É até curioso de se pensar como todo o contexto foi montado e produzido.

Enredo se passa há 20 MIL anos, na região onde hoje é a Europa (tinha que ser), e conta a história de um jovem garoto chamado Keda, interpretado pelo Kodi Smit-McPhee (pode parecer um nome estranho, mas ele é quem interpreta o Noturno em X-Men: Apocalípse), que é filho do chefe da tribo e está indo para sua primeira caçada antes do inverno.

Esse é aquele tipo de filme que mostra uma parte do meio da história para depois voltar ao inicio e contar desde o começo, então já é sabido que no meio dessa caçada o jovem Keda acaba sendo arremessado por um mamute (eu acho que era um mamute) e fica preso no meio de um penhasco. O pai, depois de não ter respostas visual do filho, acha que o mesmo morreu e decide voltar com o luto e a comida para casa. 

Depois nós descobrimos que Keda não está morto, e, felizmente, ele consegue sair do penhasco, com uma perna quebrada, fome e sede. Após superar alguns desafio, ele é atacado por uma alcateia e acaba ferindo um dos lobos. Ele sente pena do mesmo e começa a cuidar do mesmo. É aí que começa o desenvolver da história e a premissa do filme, como Keda consegue voltar para casa depois de ter seu pé quebrado, o inverno chegando e um lobo selvagem o ac
ompanhando.

Nós vemos como o homem se aproximou dos lobos e passou a perceber que os lobos podiam não ser seus inimigos, mas seus aliados em tudo. 

Com relação a parte técnica, temos muito o que falar. Em vários momentos dá vontade de pedir para que parem o filme para olhar as imagens com mais clareza e apreciar de tão belas que são. Como se trata de uma época sem tanta poluição e luz, as partes que retratam o céu, principalmente a noite, estão belíssimas, muitas, inclusive, aparecem fundos de telas e isso traz uma beleza incomparável, me fazendo acreditar que é um dos filmes mais belos, visualmente falando, que já vi na vida.


Além disso, há um protagonista que realmente incorporou o papel e nos fez sentir as dores e os sentimentos de sua jornada (falando nisso, sugestão de leitura: A Jornada do Herói, do Joseph Campbell). A sonoplastia também está incrível. Cada som que nos impressiona, deixando a maior parte do filme apenas com sons naturais e marcantes da natureza, trazendo mais realidade.



O ponto negativo é justamente a realidade. O uso excessivo de Computação Gráfica (CG) deixou muita coisa estranha, o primeiro impacto já é com os mamutes na primeira cena. Logo nós vemos os lobos, que não são nada realistas. Sem contar o lobo que interpreta o Alfa, que em muitas cenas se percebe que é um cachorro de verdade, mas que não parece nada com um lobo, e quando precisam de mais interação entre o animal e o protagonista usam e abusam de CG (lembra muito o que fizeram com a Renesmee, em Amanhecer). Outro lado é o roteiro surrealista, com passagens bem clichê típicos de filmes com animais.

Sendo sincero, Alfa é um ótimo filme para passar tempo, mas, infelizmente, parece muito com aqueles filmes que comprávamos antigamente nas Lojas Americanas com dois filmes por R$12, apesar da qualidade de imagem e som. Mas se for de seu interesse ver um pouco da vida na antiguidade, é uma boa pedida.





OBS.: Como estudante de linguística, não temos como não ver o filme e não lembrar a todo momento do acontecido com o Museu Nacional do Rio de Janeiro, imaginando a quantidade de material perdido em apenas uma noite.


INDICAÇÃO DE FILME

INDICAÇÃO DE FILME
Priscila, linguista de formação, doutoranda em Narratologia. Começou a ler um livro do Sidney Sheldon aos oito anos e nunca mais parou. Hoje, fez das Letras sua profissão.

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