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CRÍTICA | TURMA DA MÔNICA: LIÇÕES

 

Não há como negar que a Turma da Mônica fez parte da infância da maioria dos brasileiros, sendo responsável pelo desenvolvimento de leitura de muitas crianças e raivas nas provas de interpretações de texto dos adolescentes. Com uma nova geração, novos meios de passar as histórias das crianças do bairro do Limoeiro precisam ser construídos, é assim que temos a continuação do live action da grafic novel Turma da Mônica: Laços, agora Turma da Mônica: Lições. E o que a nossa turminha tem agora para nos apresentar?

 

Apesar de pertencer ao universo da Turma da Mônica, o livro que dá origem ao filme não segue o mesmo padrão de desenho e desenvolvimento de história que as tirinhas clássicas. Lições é escrito e desenhado pelos irmãos Vitor e Lu Cafaggi e é justamente nessa história que o filme vai se basear.

 

Em Turma da Mônica: Lições, vemos a turma tendo que lidar com as próprias consequências de seus atos após tentarem fugir da escola por não terem feito a tarefa de casa e Mônica (Giulia Benite) ter machucado o braço. Agora terão que conviver sem a amiga, que é levada para estudar em outra escola e proibida de ter contado com Cebolinha (Kevin Vechiatto), Cascão (Gabriel Moreira) e Magali (Laura Rauseo).

 



Diferente do primeiro filme, aqui não temos uma grande aventura a ser desbravada. O foco de Lições é desenvolver e amadurecer os personagens. A prova disso é que os conflitos internos dos personagens, como a força de Mônica, o problema de fala do Cebolinha, o medo de água do Cascão e a fome descontrolada de Magali, são colocados como ponto de partida para conseguir resolver todos os problemas.

 


Talvez, o filme não agrade tanto as crianças justamente por isso, pois, apesar de trazer as cores vibrantes que atraem o público infantil, a história é muito mais densa e madura que o primeiro filme e muito mais do que as tirinhas. Sem contar, que cenas de ação acontecem apenas em uma pequena parte do filme, com o roteiro priorizando muito mais o desenvolvimento pessoal e coletivo dos personagens.


Com isso, foi a chance que o elenco “mirim” teve de mostrar seus potenciais. Giulia Benite, desde Laços, já mostrava um grande talento, sendo realmente a Mônica que precisávamos ver, até as próteses dentárias usadas pela jovem funcionam muito bem. Gabriel Moreira e Laura Rauseo tiveram muito mais tempo de tela e não o que falar sobre como eles conseguem colocar suas almas nos personagens.




A surpresa vem justamente para Kevin Vechiatto. No primeiro filme, o ator não encontrou lá suas melhores interpretações, entregando até mesmo uma fala forçada com os erros fônicos típico do Cebolinha. Em Lições, isso já é completamente diferente. Vechiatto conseguiu achar o tom do personagem e fez de modo natural as trocas de R por L.

 

Vale lembrar que o filme também conta com a presença de atores já conhecidos do público como Monica Iozzi, interpretação a mãe de Mônica, Paulo Vilhena como Seu Cebola, Isabelle Drummond que ganhou um dos personagens mais icônicos dos quadrinhos, Tina e Malu Mader como a nova professora de Mônica.

 

Um outro ponto importante é que o elenco teve que crescer e muito, já que vários personagens que não foram apresentados no primeiro, aparecem agora, como Rolo, Franjinha, Do Contra, Dudu e Milena.

 


Turma da Mônica: Lições é aquele típico filme que traz aquele ar de nostalgia e nos faz revisitar nossas infâncias independente de quanto ela tenha acontecido. Um filme cheio de referências as obras de Mauricio de Sousa, contando com a presença do próprio e de sua filha Mônica Sousa. Além de deixar um gancho imenso para os próximos filme, com um dos melhores personagens dos quadrinhos.

 

Vale a pena rir e chorar com Lições e aprender que as vezes precisamos nos afastar para continuar unidos.

 


Turma da Mônica: Lições estreia hoje, 30 de dezembro, em todo o Brasil.


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Priscila, linguista de formação, doutoranda em Narratologia. Começou a ler um livro do Sidney Sheldon aos oito anos e nunca mais parou. Hoje, fez das Letras sua profissão.

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