Britt-Marie Esteve Aqui - Frederik Backman


Editora: Rocco
Páginas: 304
Classificação: 
Onde Comprar: https://amzn.to/2Lk9wfT

Sinopse: Aos 63 anos, Britt-Marie vê sua vida virar de ponta-cabeça quando precisa abandonar sua rotina (e seu casamento) para se reconstruir em um vilarejo que transformará seu destino para sempre. Recheada de personagens emblemáticos, a trama nos leva a refletir sobre solidão, concessão, frustração e superação, temas que, apesar de cinzentos, ganham cores através da leveza de suas páginas. Com um humor sarcástico carinhosamente dosado para nos cativar, Britt-Marie esteve aqui tem tudo para se tornar um dos livros favoritos de todas as estantes.




Esse livro foi uma completa surpresa para mim, ele veio erroneamente em uma solicitação de parceria e eu acabei pegando para ler sem nenhuma pretensão. Nunca havia lido nada do autor e posso dizer que sua escrita ao mesmo tempo que me causou estranhamento, causou encantamento.

Britt-Marie é uma senhora de 63 anos que está passando por uma mudança em sua vida. Ela acabou de abandonar o marido depois de décadas de casados, depois que ele teve um infarto e a amante ligou para ela para avisar. Assim, Britt-Marie vai até uma agência de empregos onde depois de perturbar a moça da agência, encontra um emprego em Borg, um vilarejo que está a beira da falência. E é lá que Britt-Marie vai encontrar a força que lhe foi negada desde muito nova.

Primeiro eu quero dizer que essa narrativa cativa desde o primeiro momento. Escrita em terceira pessoa, temos uma personagem cheia de camadas que em uma primeira olhada parece dura e por vezes até grosseira, mas que com o passar das páginas mostra que é bem mais que sua sinceridade.

Britt-Marie teve uma vida cheia de percalços, perdeu a irmã favorita em um acidente e a partir daí teve que cuidar da casa sozinha e aguentar o distanciamento dos pais. Depois disso, escolheu o pretendente errado e anos depois casa com o irmão dele que já tinha dois filhos, que a tratavam como se ela fosse o motivo do término do casamento dos pais. Com o passar dos anos ela vai se anulando cada vez mais em função dos desejos do marido, até que ele passa na cara dela que a trai há anos e é aí que Britt-Mari explode.

Ao chegar a Borg, somos apresentados a uma cidade quase fantasma, onde as pessoas que sobraram lutam para sobreviver. São personagens marginalizados, crianças sem rumo, mas que se juntam pelo amor ao futebol. Adolescentes que se viram como podem e pais desesperados tentando manter a dignidade. E é aí que Britt-Marie aprende que pode fazer a diferença, munida com muito bicarbonato de sódio e limpa vidros, ela conquista e é conquistada por cada um dos moradores. 

Confesso que gostaria só que o autor tivesse nos dado um final menos aberto, não gosto de imaginar o que aconteceu com esse ou aquele personagem, prefiro saber realmente e ter um desfecho fechadinho para a história. Essa é uma preferência minha, não é algo que vá afetar em nada a leitura de vocês.

Essa capa é a coisa mais linda, delicada e com elementos que remetem a história. A diagramação está ótima, o livro não é presado, a letra está em tamanho bom e as folhas são amarelas. Enfim, para quem está esperando um bom drama indico esse livro. 

13 comentários:

  1. Primeira resenha que leio sobre essa obra e já estou doida para conferir! Uma personagem já com mais idade, mais peso em bagagem é sempre tão gostoso. Ainda mais se ela tem que aprender a recomeçar assim,num lugar distante, sem muita visão de futuro e ainda com dores na alma!
    Acredito que seja sim, uma verdadeira lição de vida!!!
    Já vai para a listinha dos desejados!!!
    Beijo

    Angela Cunha Gabriel/Rubro Rosa/O Vazio na Flor

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  2. Descobri esse livro recentemente e achei muito interessante.
    É uma leitura que pretendo fazer em algum momento.
    Não curto finais abertos, mas sinto que essa história vale a pena.

    Beijos

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  3. Oi, Priscila
    É a primeira resenha que leio sobre o livro.
    Não gosto muito de final em aberto, alguns livros eu até aceito mas tem uns que são difíceis de aceitar.
    A vida da personagem não deve ter sido aquela maravilha e foi procurar um lugar em que fosse útil e feliz.
    Assim que tiver chance quero ler, beijos.

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  4. Priscila!
    Tão bom quando um livro chega a nossas mãos de forma enganosa e se torna uma ótima leitura.
    Gostei de ver que mesmo sendo sexagenária a aprotagonista consegue dar um novo rumo em sua vida, tanto conquistando, como sendo conquistada pelos moradores do lugarejo em que vai morar.
    cheirinhos
    Rudy

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  5. Olá! ♡ Achei muito interessante a premissa desse livro, nunca li nada parecido.
    Parece de fato uma leitura encantadora, que nos traz importantes lições.
    Estou curiosa para conhecer a protagonista e ver ela criando laços com a população de Borg.
    Também prefiro finais fechados, não sou muito fã de finais abertos, mas ainda quero dar uma chance a esse livro!
    Eu adorei a capa, parece de fato combinar muito bem com a história! ♡
    Beijos!

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  6. Gostei dele quando vi e me chamou atenção pra ler, parece um desses livros que podem surpreender mesmo. A história é pesada pelas coisas ruins no caminho da vida dela, tudo vai dando tão errado...
    Mas tem uma coisa de esperança, de encontrar seu lugar e fazer a diferença para outras pessoas. Achei isso bem bonito. A reviravolta na vida dela quando vai pra esse lugar. A escrita parece boa também. Só fico pé atrás com isso de final aberto, também não sou muito fã.

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  7. Olá Priscila!
    Eu adoro livros que abordam mudança de vida, e nesta obra o leitor rapidamente cria empatia por Britt-Marie, uma protagonista extremamente bem caracterizada que nos mostra a importância de se reerguer.
    Outro ponto positivo da obra são esses personagens secundários aos quais a protagonista direciona seu auxílio, pois Backman mostra ao leitor que embora muitas vezes as pessoas se encontrem desesperançosas, é possível mudar quando alguém oferece ajuda.
    Beijos.

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  8. Gostei da proposta do autor, de nos apresentar uma personagem já mais de idade (nunca li um livro que a personagem principal tivesse essa faixa etária) juntamente com as dificuldades e os recomeços que ela enfrenta.
    O livro em si me interessou bastante, pois trata de uma leitura leve, mas tenho um sério problema com livros que deixam um final muito aberto rsrsrs

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  9. Olá! O livro parece ser emocionante, que personagem mais linda essa, imagino o tanto que ela sofreu para chegar esse momento de ruptura e ir em busca de um novo começo, que já é assustador para qualquer pessoa, agora imagina uma com 63 anos, gostei muito da dica, até por esse ser um livro que certamente não entraria na minha lista apenas pela sinopse e capa, mas depois dessa resenha, ele com certeza entrou, e com prioridade.

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  10. Olá Priscila!
    Achei tão legal o autor escrever a história com uma protagonista mais experiente, pois podemos aos poucos conhecer as situações que a moldaram. Infelizmente era muito comum casamentos arranjados e sem amor, então torço muito pra Britt-Marie encontrar seu final feliz. Por falar em final, também prefiro quando tudo é resolvido, as muitas possibilidades que imagino me deixa doida e cheia de paranóias.
    Beijos

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  11. Meu Deus! A protagonista já aparece no começo do livro vivendo essa loucura toda com até amante envolvida? Tadinha... mas foi isso que logo de cara já me despertou o interesse em ler hahaha.
    Não é tão comum personagens com essa faixa etária, né?! Fiquei curiosa...

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  12. Oiii ❤ Ainda não tinha ouvido falar desse livro, mas adorei a premissa de Britt se reinventar nesse novo lugar é conhecer pessoas novas.
    Gostei que Britt tem 63 anos, acho que nunca li nada em que uma personagem dessa idade fosse a principal.
    É legal que ela conheça pessoas marginalizadas pela sociedade e que vá os conquistando enquanto eles a conquistam também.
    Também não gosto de finais abertos, gosto sempre de saber exatamente o que aconteceu com os personagens.
    Estou curiosa sobre essa leitura.
    Beijos ❤

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  13. Oi, Priscila!!
    Parece ser um livro bem interessante, acho que nunca li nenhum que a protagonista tivesse mais de sessenta anos e gostei bastante da premissa da história, pois acredito que nunca é tarde para recomeçar.
    Bjs

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Priscila, linguista de formação, doutoranda em Narratologia. Começou a ler um livro do Sidney Sheldon aos oito anos e nunca mais parou. Hoje, fez das Letras sua profissão.

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